terça-feira, novembro 15, 2022

Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil

No jogo estadunidense "Red Dead Redemption 2" que se passa em meados de 1890 a 1907, uma das principais premissas do jogo é a luta das comunidades indígenas, quilombolas, pescadores, extrativistas e muitos outros que não possuem outra opção senão participar da gangue Van Der Linde. Charles Smith, que é filho de um pai negro e uma mãe indígena, afirma que ele e seu pai viveram com a tribo de sua mãe até que o Exército dos EUA os expulsou de sua casa. Sua mãe foi capturada por soldados alguns anos depois e nunca mais foi vista, enquanto seu pai entrou em depressão e se tornou alcoólatra. Infelizmente, essa narrativa não é muito distante da realidade do Brasil e dos tempos atuais.

Os povos tradicionais brasileiros muitas das vezes nem mesmo são conhecidos pelo próprio país de origem, vivem marginalizados, excluídos e desconhecidos. Dito isto, têm em comum três anseios: uma vida digna, sem medo e com inclusão na sociedade. Inclusão essa sem perder o significado de ser quem são.

 Nas eleições de 2022 podemos ver um pequeno exemplo do que essa inclusão é capaz, o presidente eleito, Luis Inácio Lula da Silva em seu discurso logo após o resultado citou como foco de sua campanha a criação do ministério dos povos originários em prol da valorização das comunidades. Contudo, para isso de fato acontecer, não deve ficar apenas no discurso. Em um vídeo emocionante no primeiro turno, foi visto uma comunidade indígena inteira que estaria impedida de votar, á caminho do dever com a cidadania e participação na democracia do país, graças a lei emitida pelo STF em conjunto com o TSE para o transporte público gratuito e voluntários para que esses povos tivessem acesso. 

Como na lei da inércia um corpo permanece sempre em movimento, até que se exerça um movimento ao contrário a este. Em Minas Gerais, foi eleita a primeira deputada federal indígena Célia Xakriaba, que traz consigo a seguinte frase: "Antes do Brasil da coroa, existe o Brasil do cocar." Portanto como uma forma de amenizar esse quadro, é crucial que o Poder Legislativo, trabalhe juntamente com seu governo, através de leis que garantam que seus anseios se tornem realidade. Assim como suas participações efetivas em cargos de poder na câmara, com o auxílio de campanhas de publicidade, aulas de história na escola que abordem os povos tradicionais e a criação de um ministério específico. Pois quem não é visto, nunca é lembrado. 

sexta-feira, setembro 09, 2022

Eleições, polarização e a antipolitica

O brasileiro médio tem orgulho de ter aversão a política mas esta sempre reclamando da corrupção do governo, inventando teorias da conspiração, votando em bozonaro, disseminando ódio com facilidade a qualquer coisa diferente a ele próprio, se achando superior por estar alheio. Ou seja, tem orgulho de ser inútil como ser humano inserido na sociedade, reclama e se esconde no discurso que nunca vai mudar através da política porque é o mais fácil e covarde a se fazer pois assim não precisará pensar nem responsabilizar nunca nem sofrer, pois conhecimento trás mesmo sofrimento, e ainda atrapalha quem esta tentando evoluir o país. Existe a falsa simetria que um político comum como lula (e alguns outros), com seus defeitos e escândalos, possa ser comparado com genocida e adeptos a bordões fascistas. É ai que os fascistas fazem a festa, lembra quando se perguntava (se caso já estudou um livro de história na vida) "como pôde a segunda guerra mundial ter ocorrido, como pode aquele homem, ter conseguido tanto apoio?". Bom, esta acontecendo diante do seus olhos como começa. O país não muda através da política quando ela não é uma política de revolução, e boa parte disso é responsabilidade da própria população que majoritariamente escolhe flertar o fascismo por ignorância, manipulação, ingenuidade de acreditar em qualquer coisa e escolher um messias salvador não corrupto (Político, supremacista, rico, cheio de propriedade trabalhando antes em cargo público não corrupto? Meteu essa? Kkkkkkk), puro preconceito enraizado ou escondido que os faz se espelhar e mal caratismo também. Essa fé cega. Apesar de não ser totalmente culpa dela se tornar totalmente apática e alheia a política já que as próprias autoridade do país fazem um PROJETO para que isso ocorra, principalmente com o auxílio do sistema capitalista e até mesmo zombando/ridicularizando em propagandas políticas enquanto muito revolucionários com projetos sérios nem sequer ganham espaço (e se ganhassem ainda seria facilmente ridicularizados, oprimidos e invisíveis com ajuda desse sistema, além de precisarem de muito menos para duvidarem da honestidade e capacidade desses quando não ocorre com outros que mostram o tempo todo não ter credibilidade, irônico não?). Eles querem que você ache que o círculo vicioso é eterno e nunca pode ser quebrado, nem um cm sequer, e se você olhar assim é assim mesmo que será. Mas se fosse, muitas guerras antes não teriam sido cessadas, a escravidão não seria abolida, mulheres ainda não poderiam votar. E de fato, muitos países ainda estão sofrendo com opressões absurdas. Mesmo tendo plena consciência que todas as concessões que foram revolucionárias enquanto os políticos supremacistas estavam no poder foi por interesses que nada tinham a ver com a revolução. Entretanto, se a roda do círculo vicioso fosse quebrada onde não esperassem, desde a origem dos problemas, trazendo um projeto diferente do qual se trate das questões sociais inicialmente com genuína intenção de revolução, na presidência, iriam mudar a condenação de andar em círculos até a morte. Quanto mais cedo você admitir que tudo é política e que você vai precisar dela em algum momento, toma conhecimento sobre o básico para não ser enganado com facilidade, o jogo começa. Mas eles não querem jogar, querem você ocupado trabalhando até a exaustão e doença, romantizando isso "trabalhe enquanto eles dormem", querem você na pobreza, sem tempo para pensar, sem tempo para cultura, sem direitos básicos, sem tempo para escolher ou cobrar.